Autor: GDSolar – Powering Excellence

  • Energia solar: recurso para a retomada econômica no Brasil

    Energia solar: recurso para a retomada econômica no Brasil

    Mais de 10 milhões de empresas em todo o País – a maioria nas áreas de serviços, comércio e indústria -, aguardam os primeiros sinais de retomada econômica para ampliar suas atividades. Esse movimento vai estabelecer um padrão de consumo enérgico sem precedentes no Brasil. 

    Por outro lado, as mudanças climáticas e a crescente redução dos recursos naturais aumentaram o grau de exigência de empresas e consumidores conscientes. Isso indica que, na prática, a gestão sustentável empresarial é a única alternativa para você perenizar seu negócio nesse processo. E a energia solar contribuiu para esse processo. 

    A energia solar é um recurso econômico e sustentável, que pode garantir a competitividade da sua empresa nesta retomada. Nós, da GDSolar, desenvolvemos uma estratégia exclusiva de fornecimento estável de energia solar, incluindo a construção de uma usina fotovoltaica dedicada, para o seu negócio. 

    Quer conduzir sua empresa de forma competitiva e sustentável nesta retomada? Saiba mais

  • A energia solar precisa crescer no Brasil

    A energia solar precisa crescer no Brasil

    A maioria dos países no mundo está investindo na energia solar. Quando esse movimento é global e sustentável, quem fica atrás é que paga a conta. E o Brasil precisa acompanhar essa (r)evolução.

    Esta é uma semana importante para todos os consumidores que querem diminuir seus gastos com energia. Está prevista a votação da PL 5829, que prevê a regulamentação da energia solar no Brasil. O desenvolvimento do setor depende da sua aprovação.

    A lógica é simples: quanto mais a energia solar crescer, mais barato vai ficar o custo da energia que utilizamos. Mais energia solar significa preservar fontes hídricas e evitar a utilização das termoelétricas, principais responsáveis pela bandeira vermelha, a grande vilã das nossas contas de luz.

    E não é só você, se o PL 5829 não for aprovado, as empresas também vão pagar por isso! Os produtos perdem competividade e as exportações caem. Como resultado, os investimentos vão para outro lugar.

    O Brasil precisa manter sua competitividade e você precisa apoiar a aprovação da PL 5829. (clique aqui e conheça mais sobre o tema)

  • Energia solar é destaque na Cúpula de Líderes sobre o Clima dos EUA

    Energia solar é destaque na Cúpula de Líderes sobre o Clima dos EUA

    A adoção de fontes de energia com baixa emissão de gases efeito estufa foi destaque na Cúpula de Líderes sobre o Clima, realizada nesta semana nos Estados Unidos. No encontro realizado no último dia 22, o uso de energia solar e eólica esteve presente no discurso da maioria dos 40 líderes convidados para o encontro. Estados Unidos, União Europeia e China estão entre as nações que anunciaram metas ambiciosas de investimento para redução carbono com a troca das atuais fontes de energia para fontes renováveis e de baixo impacto.

    Tudo para atingir às metas estabelecidas no Acordo de Paris, em 2015. O objetivo é limitar o aquecimento global em 1,5° até 2030. Para isso será necessário reduzir pela metade a emissão de gases efeito estufa no mundo, hoje estimada em aproximadamente 58 gigatoneladas de CO² equivalente. É um número grandioso, mas é uma meta que pode ser atingida pela maioria dos países signatários do Acordo de Paris, do qual o Brasil faz parte.

    A descabornização das atuais fontes de energia, para fontes renováveis e de baixo impacto, como a solar e a eólica já fazem parte dos negócios de energia solar no País. A vantagem geográfica que o Brasil possui permite que ele ocupe um lugar de destaque na produção de energia fotovoltaica global e traga desenvolvimento para as áreas que com alta incidência de radiação solar no País.

    Para que o setor mantenha seu crescimento é necessária a adoção uma legislação robusta, que traga segurança para os investidores e consumidores e também ampliar o acesso ao uso dessas fontes. O apoio e a conscientização sincronizada dos três setores: governos, empresas e sociedade civil é fundamental para que o Brasil possa participar desse movimento global.

    Para se ter uma ideia da contribuição que o setor de energias renováveis pode ter nessas metas basta avaliar o trabalho do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. No relatório de 2018 o IPCC identificou que as fontes renováveis podem responder por até 85% do total da energia consumida no planeta em 2050. É nessa área que entra a contribuição da energia solar. De acordo com os estudos da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), até 2050 as usinas fotovoltaicas vão ter capacidade para atender 25% da demanda mundial por energia.

    No setor empresarial brasileiro esse caminho já está sendo percorrido. A boa notícia é que ele vem acompanhado por geração de empregos e renda aliado aos lucros para as empresas que participam do financiamento, utilização e geração de energia fotovoltaica. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a produção de energia solar no Brasil deu um salto de 250% nos últimos quatro anos, para atuais 8,4 gigawatts. Essa energia, que é suficiente para abastecer mais de cinco milhões de casas unifamiliares por ano, ainda tem uma participação pequena na composição da matriz energética brasileira: não ultrapassa 5% do total.

    É essa participação reduzida que indica o grande potencial de crescimento que a energia solar pode ter no Brasil no médio prazo. Com uma participação cada vez maior da tecnologia, hoje temos placas fotovoltaicas com menor tamanho e maior capacidade de produção e temos leis federais e estaduais em desenvolvimento que apoiam o desenvolvimento de usinas solares e o aumento da geração de emprego e renda.

    Para as empresas que adotam essa matriz de energia com baixa emissão de carbono a economia na conta é significativa. Em média, essa troca de matriz energética pode gerar uma economia de 15% na conta de luz no final do mês. O mais importante é que hoje, no Brasil, essa troca pode ser feita sem nenhum investimento por parte da empresa consumidora. Isso é possível porque já existe uma ampla gama de investidores preocupados não só com um retorno, mas também em qualificar seu portfólio, alocando recursos em tecnologias de baixa emissão de carbono.

    O próximo passo depende das empresas que querem reduzir seus custos com energia e ao mesmo tempo participar desse novo modelo econômico. Empresários que não adotarem essa estratégia correm o risco de ficar fora do mapa de competividade global sustentável, que voltou a ser desenhado com traços fortes após o encerramento desse encontro.

    Para se ter uma ideia da velocidade dessa mudança no conceito de competitividade global, não foi a proposta de investimento público de US$ 2 trilhões em projetos de energia limpa feito pelos EUA que causou mais impacto entre os analistas. Em seu discurso na Cúpula, o presidente da China, Xi Jinping, sinalizou que poderá restringir o comércio com países que não atingirem suas metas climáticas. Até o final desse ano as fontes de energia eólica e solar vão responder por 11% do consumo de energia da China. Atualmente o parque solar chinês é o maior do mundo, com capacidade instalada de 250 GW. Parece ser um bom exemplo a ser seguido.

  • Vamos falar sobre Geração Distribuída?

    Vamos falar sobre Geração Distribuída?

    Neste mês de abril, o Deputado Lafayette de Andrada apresentou substitutivo ao PL 5829, que tramita em regime de urgência na Câmara de Deputados, e poderá ser votado ainda na próxima semana. O texto do substitutivo é bastante equilibrado, justo e bom para o Brasil.

    Nós somos o País da energia solar. Aqui essa fonte renovável é abundante e representa 97% da Geração Distribuída instalada no Brasil. Isso traz um diferencial competitivo enorme para nós quando comparado a outros países. A despeito disso, em muitos países com irradiação substancialmente menor que a nossa, esse setor vem recebendo mais apoio e se expandindo muito mais do que aqui.

    O estímulo ao desenvolvimento da Geração Distribuída deveria ser um consenso por todos os benefícios econômicos, ambientais e sociais que ele pode nos trazer.

    No entanto, alguns grupos vêm apresentam argumentos equivocados e contrários à sua expansão, apontando que estímulos a esse setor poderiam trazer prejuízos que chegariam a R $55 bi até 2035. Segundo esses críticos, a expansão desse setor aumentaria as contas dos consumidores que não tivessem a Geração Distribuída. Idealizam, assim, um setor elétrico que funcione somente com grandes usinas centralizadas.

    Mas tais argumentos estão equivocados e não se sustentam. Vamos ver?

    1. Perdas de Energia pela Transmissão de Energia por Longas Distâncias

    A Geração Distribuída foi criada através da Resolução Normativa da ANEEL no. 482 de 2012.

    Naquele ano, pelos dados da EPE e do ONS, o Brasil dispunha de uma capacidade instalada de 121 GW de potência e aproximadamente 97 mil km de linhas de transmissão para suprir um consumo de 514 mil GWh de energia. Isso provocava uma perda de 74,5 mil GWh de energia devido ao distanciamento entre a geração e o consumo no Brasil, isto é, perdas totais de 14% da energia gerada.

    Hoje, a capacidade instalada no Brasil atingiu 170 GW crescendo 40% desde 2012, como também passamos a ter 161 mil km de linhas de transmissão, ou seja, um crescimento de 66% em relação ao sistema de transmissão no mesmo período, sendo 6 mil km de linhas de transmissão criados apenas em 2020, para suprir um consumo de 586 mil GWh de energia, somente 14% quando comparado com 2012. É logico, além do aumento da diversificação da nossa matriz energética e a redução da afluência de água nos reservatórios das hidroelétricas, a geração continuou a se distanciar do consumo e como consequência as perdas totais de energia saltaram para 20% da energia gerada. Quanto maior o distanciamento da geração, maiores os comprimentos das linhas de transmissão e maiores as perdas da energia na transmissão. O resultado disto é o aumento do custo da energia para todos os consumidores.

    A Geração Distribuída atingiu nesta semana a marca de 5 GW de potência instalada, o que representa aproximadamente 3% da nossa matriz energética, em potência ou 1% se considerarmos em termos de energia gerada. 80% deste total são formados por micro usinas instaladas na sua grande maioria nos telhados das residências. São mais de 426 mil instalações em 5.255 municípios.

    É indiscutível os benefícios do baixo impacto ambiental trazidos pela Geração Distribuída ao setor elétrico brasileiro, acrescidos da redução de emissão de gases de efeito estufa.

    O benefício social da Geração Distribuída também não pode ser desprezado, pois ela é fonte de emprego e renda. Entre 2012 e 2020, foram 140 mil novos postos de trabalho e investimentos acima de R$ 23 bi trazidos por esse mercado. A projeção de investimentos somente para 2021 e de mais de R$ 16 bi.

    Mas não são somente os benefícios sociais e ambientais que a Geração Distribuída propicia, ela também traz benefícios econômicos ao setor elétrico. Vamos analisar aqui alguns destes benefícios?

    Como foi mostrado anteriormente, a Geração Distribuída tem como vantagem a geração de energia próximo do consumidor. Com isso a perda de 20% necessária para trazer aquela energia gerada nas grandes usinas distantes até o consumidor passa a ser zero quando gerada no local, ou seja, elimina-se a necessidade de se gerar mais energia para suprir estas perdas totais de energia de 20% beneficiando todo o sistema. Desta forma, todos os brasileiros ganham e tem redução em suas contas de energia.

    O sistema elétrico brasileiro não estoca a energia gerada, ela é instantaneamente consumida pela carga ou perdida em razão de sua transmissão por longas distâncias. É razoável então concluir que cada residência que passar a gerar 1 kWh para seu próprio consumo, fará com que o sistema elétrico nacional deixe de gerar 1,2 kWh de energia (lembre-se das perdas).

    Quem controla a geração de energia no Brasil é o ONS que, representando muito simplificadamente aqui, despacha a produção de energia elétrica necessária para atender instantaneamente a demanda em todo o Brasil. Para atender essa demanda, o ONS segue uma sequência ordenada pelo chamado ´mérito de preço da energia`. Isto é, o ONS dá a prioridade para geração da energia mais barata e sequencialmente até a geração da energia mais cara.

    Quando deixamos de consumir naquela casa o 1 kWh devido a Geração Distribuída, retiramos do sistema 1,2 kWh da energia mais cara despachada naquele momento. Novamente são todos os brasileiros que ganham com isso, pois todas as contas de energia elétrica são reduzidas. Com redução de energia despachada, retardam a entrada das bandeiras tarifárias que elevam o preço da energia para o consumidor.

    2. Benefícios Adicionais da Geração Distribuída

    Uma das características da energia solar é que seu perfil de geração, no horário de incidência solar, que coincide com o horário de maior consumo verificado no Brasil conforme dados do ONS. Isso é muito bom porque a energia solar sendo a mais barata de todas as fontes, sendo gerada no horário de maior consumo, reduz a conta de todos os brasileiros, mesmo aqueles que não tem Geração Distribuída, pois traz eficiência ao sistema de distribuição e transmissão do sistema elétrico nacional principalmente quando implantado de forma coordenada com a concessionária local.

    Quando observamos o impacto da Geração Distribuída nas redes das distribuidoras observamos 2 características principais.

    A primeira delas é que a minigeração distribuída, devido ao seu maior porte e poder alcançar até 5.000 kW de potência instalada, impacta nas redes de distribuição das concessionárias de energia com a ampliação da necessidade de investimentos. No entanto, pelas regras atuais em vigor, que estão mantidas pelo PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada, essas usinas pagam pelo uso do sistema de distribuição. Por esta razão, os investimentos realizados pelas concessionárias causados pela Geração Distribuída ficam limitados aos montantes cobertos pelas tarifas da “demanda” e todo o valor adicional necessário a ser investido é realizado pelo próprio consumidor com Geração Distribuída.

    Assim, as distribuidoras não sofrem nenhum impacto econômico pela necessidade de investimentos nas suas redes de distribuição. No entanto, todos os demais consumidores que não tem Geração Distribuída são beneficiados com as melhorias realizadas pelos consumidores com Geração Distribuída e pelos investimentos realizados por eles nas redes de distribuição.

    A segunda característica, inovação trazida pelo texto do substitutivo apresentado, determina que todos os consumidores com Geração Distribuída remunerem integralmente os ativos das distribuidoras, sua depreciação, custo de operação e manutenção pelo uso das redes de distribuição. Novamente as distribuidoras não sofrerão nenhum impacto financeiro com os custos de suas redes e consequentemente nenhum outro consumidor de energia sem Geração Distribuída terá que pagar nada por isso.

    O PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada traz também pontos inovadores importantes para o setor elétrico que garantem a ampliação dos inúmeros benefícios da Geração Distribuída e consequentes reduções de custos a todos os consumidores.

    Entre eles estão o estimulo à geração despachada, que significa gerar energia de forma mais otimizada e colaborativa com as redes de distribuição, em parceria com as distribuidoras que passarão a poder contratar serviços especiais junto a Geração Distribuída, como controle de tensão, frequência, resposta à demanda, armazenamento de energia, entre outros. O texto traz a valorização de atributos locacionais, desejáveis e de melhorias da segurança do sistema elétrico que permitirão nortear a implantação da Geração Distribuída nas redes de distribuição de forma planejada.

    Como consequência destes comandos do Projeto de lei, a Geração Distribuída: (i) trará mais geração junto a carga, ou seja perto do consumidor, e elevará assim a confiabilidade e resiliência da rede; (ii) reduzirá as perdas de energia da transmissão da energia gerada distante da carga; (iii) reduzirá a demanda por geração de energia no horário de pico de consumo; (iv) aumentará a qualidade da energia; (v) reduzirá a emissão de gases de efeito estufa da geração de termelétricas; (vi) ajudará na postergação de investimentos nas redes de distribuição e (vii) retardará a aplicação de bandeiras tarifárias.

    O resultado de tudo isso será a redução dos custos para todos os consumidores, inclusive os que não tenham Geração Distribuída. A GD aumenta a eficiência de todo o setor elétrico brasileiro e isso é muito bom.

    3. Chamada Pública da COPEL e Comprovação dos Benefícios da Geração Distribuída

    A Geração Distribuída é boa para todos. Seus benefícios chegam mesmo para quem não a utiliza. O melhor exemplo disso é a Chamada Pública para Contratação de Geração Distribuída realizada pela COPEL, concessionária distribuidora do estado do Paraná. Pela chamada pública estão programados investimentos de aproximadamente R$ 730 milhões em novos empreendimentos de Geração Distribuída a serem implantados nas redes de distribuição da COPEL.

    Para a realização deste processo de chamada pública a COPEL e a ANEEL estudaram em profundidade os impactos que a Geração Distribuída traria às redes de distribuição da COPEL e concluíram que esta alternativa seria mais vantajosa aos consumidores da concessionária do que quaisquer outros possíveis investimentos nas referidas redes de distribuição.

    Este exemplo comprova claramente que o consumidor que investe em Geração Distribuída está na realidade investindo no setor elétrico brasileiro de forma eficiente, postergando os investimentos necessários à ampliação da geração, expansão das linhas de distribuição e transmissão, reduzindo assim o custo para todos os demais consumidores do setor elétrico, seguindo assim o que está estabelecido no programa de eficiência energética do sistema elétrico brasileiro.

    Por este motivo, cabe ao consumidor de Geração Distribuída as obrigações de remuneração pelo uso do sistema de distribuição como também dos ganhos obtidos pela redução de custos diretos que eles propiciam ao sistema elétrico.

    Estes comandos estão estabelecidas, inclusive, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) através de sua Resolução nº 15 que traz cinco diretrizes fundamentais para a construção de políticas públicas voltadas à Geração Distribuída no País: (i) acesso não discriminatório às redes de distribuição; (ii) segurança jurídica e regulatória; (iii) Alocação justa dos custos de uso da rede e encargos considerando os benefícios da GD; (iv) Transparência e previsibilidade com agenda e prazos para revisão das regras, e (v) gradualidade na transição com passos intermediários para o aprimoramento das regras.

    Quando calculamos os benefícios que a Geração Distribuída traz ao sistema elétrico brasileiro nos moldes que a ANEEL e a COPEL calcularam para justificar o processo da Chamada Pública e como está estabelecido pelo CNPE, o prejuízo de R$ 55 bi apontado equivocadamente por uns até 2035 se transforma em resultado positivo de R$ 13 bi a todo o setor elétrico e consequentemente contribui para a redução na conta de todos os consumidores.

    Por este motivo é importante o apoio de todos ao PL 5829/2019 do Dep. Lafayette de Andrada para que possamos garantir às futuras gerações um Brasil moderno, competitivo e com um setor elétrico eficiente que propicia uma energia elétrica barata.

    4. Geração Distribuída e Mercado Livre

    Mas também existe um outro ponto que necessita ser avaliado.

    Atualmente, encontra-se em tramitação o PLS 232/2016 que dispõe sobre o modelo comercial do setor elétrico e a chamada ‘portabilidade da conta de luz’. O projeto foi aprovado pelo Senado Federal e está sendo avaliado pela Câmara dos Deputados.

    Conforme as regras atuais em vigor, as distribuidoras de energia elétrica fornecem a energia aos consumidores sem ganho na comercialização desta energia. A remuneração das concessionárias acontece somente com o serviço de transporte de energia elétrica.

    Com a proposta trazida pelo PLS 232, todos os consumidores poderão, no futuro, comprar energia elétrica no mercado livre escolhendo seus fornecedores. Com esta mudança, as distribuidoras, através de suas comercializadoras (sim, praticamente todas as distribuidoras possuem comercializadoras em seu grupo), e as comercializadoras independentes passarão a vender a energia elétrica com margem para este novo mercado.

    Estamos falando de um mercado estimado em R$ 150 bi por ano de venda de energia elétrica trazido pelo PLS 232 através da portabilidade da conta de luz, o chamado novo setor elétrico, que poderia, na visão destes grupos, ser afetado pelo PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada.

    O novo modelo comercial do setor elétrico trata a geração somente pela sua competitividade de preço sem diferenciação em relação ao tipo de energia gerada. Os atributos técnicos que distinguem cada tipo de fontes de geração serão tratados somente em leilões de capacidade.

    Desta forma, a busca por uma eficiência maior do sistema elétrico através da redução do distanciamento da geração e carga como também de outros benefícios trazidos pela Geração Distribuída como redução de perdas, deslocamento de geração entre outros já citados, são desconsiderados neste novo modelo.

    Com o PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada, o consumidor também poderá optar por gerar a sua própria energia, o que traz uma concorrência não prevista ao mercado livre onde a escolha do seu fornecedor de energia é feita pelo consumidor, conforme estipula o PLS 232

    Pela proposta de alteração ao PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada defendida por estes grupos, a cobrança pelo uso do fio pelos consumidores com Geração Distribuída deveria desconsiderar qualquer benefício trazido por eles ao sistema elétrico e ser impactado da mesma forma se a microgeração e minigeração estivesse junto a carga ou no meio da Amazônia e distante dos centros de carga.

    No debate público a não contabilização dos benefícios da geração distribuída foi apelidada de “taxação do sol” pelos apoiadores da geração distribuída. Por outro lado, seus opositores defenderam que a contabilização poderia configurar um “subsídio cruzado”.

    Se o PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada for alterado conforme proposto por estes grupos ou não ser aprovado, a melhoria da eficiência do setor elétrico como também a opção de o consumidor gerar sua própria energia será perdido. Neste caso manteremos a expansão da geração longe da carga com suas linhas de transmissão associadas ainda maiores que trarão como consequência o aumento exponencial das perdas elétricas como também os investimentos necessários ao setor elétrico, resultando na elevação dos custos de transmissão e no preço final pelos consumidores pela energia consumida.

    A Geração Distribuída pode conviver muito bem com a abertura do mercado livre (como convive em diversos países do mundo, como EUA, Alemanha e outros) e, desta forma, contribuirá para a criação de um mercado mais competitivo e eficiente, onde todos os consumidores sairão ganhando com possibilidades adicionais de escolha sobre o suprimento da energia por ele consumida.

    O melhor equilíbrio do setor elétrico é obtido com a implantação dos dois modelos no setor elétrico. O primeiro modelo vem com o PL 5829 do Dep. Lafayette de Andrada que estabelece a democratização da opção do consumidor gerar a sua própria energia e a melhoria da eficiência das redes de distribuição e transmissão proporcionada com a diminuição das distancias entre a geração e a carga e a viabilização de microrredes. Já o segundo modelo trazido pelo PLS 232 amplia o ambiente de competição com a energia através do mercado livre.

    Por este motivo é importante que os benefícios e atributos da Geração Distribuída sejam considerados neste novo modelo comercial do setor elétrico.

  • GDSolar assina o Pacto Global da ONU

    GDSolar assina o Pacto Global da ONU

    A GDSolar, líder em desenvolvimento de projetos, construção e administração de usinas solares no Brasil – é a primeira empresa brasileira do setor de geração distribuída a se tornar signatária do Pacto Global das Nações Unidas. Atualmente o Pacto Global da ONU reúne mais de 13.000 participantes em todo o mundo, dos quais 1.100 atuam no Brasil. GDSolar solicitou sua adesão no mês de março deste ano quando seu portfólio atingiu 54 usinas fotovoltaicas com capacidade de geração estimada de 193 MWp.

    O Pacto Global da ONU oferece às empresas signatárias a oportunidade de reforçar, ou criar, sua estrutura de responsabilidade econômica, social e ambiental por meio de plataformas de aprendizagem e suporte junto as redes nacional e internacional. Para ter esse acesso, a Empresa assinou um compromisso com a ONU e vai aplicar os 10 Princípios do Pacto Global nas suas atividades diárias. O reporte dessa evolução junto à ONU será feito anualmente. Os 10 Princípios abrangem as áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Ao assinar o Pacto Global a GDSolar também se comprometeu com o desenvolvimento de metas que contenham os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU.

    De acordo com o CEO da GDSolar, Alexandre Gomes, um dos objetivos da Empresa é reduzir custos e trazer oportunidades de crescimento sustentável para as companhias clientes:

    “A energia solar oferece uma chance de inovação competitiva e sustentável para as empresas. Hoje a troca da matriz energética global é uma necessidade irreversível. As empresas que participam desse movimento melhoram suas avaliações, atraem mais investidores e contribuem com a solução de um dos maiores desafios da atualidade, que é a redução da emissão de carbono na atmosfera.”

    Segundo o executivo, a GDSolar vai focar seu primeiro passo na internalização dos conceitos do Pacto junto ao seu corpo de colaboradores. Após isso deve evoluir no desenvolvimento de ações junto aos ODS.

    “Nesse primeiro ano, o objetivo é envolver nosso time e definir em conjunto a melhor forma de incluir os 10 Princípios do Pacto Global nas nossas decisões diárias. Após essa definição vamos poder contribuir de forma mais ágil no desenvolvimento de metas ambientais, sociais e econômicas previstas nos ODS”.

    Nessa fase, a GDSolar deve atuar junto às metas dos ODS 13 (Ação Climática) e 7 (Energia Acessível e Limpa). Entre os objetivos do ODS 13 está o de adotar medidas para combater as mudanças climáticas. Já o ODS 7 tem entre suas diretrizes, a de promover a transição global da matriz energética para fontes renováveis, limpas e acessíveis.

    Por meio das plataformas oferecidas pelas redes do Pacto Global, as novas empresas são estimuladas a focar naquilo que são melhores, sem a necessidade de ter que adotar metas em todos os 17 ODS. A ideia por trás desse conceito é simples: após a geração de novas oportunidades de negócios e relacionamentos com os públicos de interesse, um número maior de ODS ocupará de forma orgânica mais espaço nas metas das empresas.

    “Faz parte da Estratégia ESG GDSolar estimular que nossos públicos de relacionamento conheçam e adotem os objetivos do Pacto Global, que hoje é a maior iniciativa de responsabilidade social corporativa em atividade no mundo. Seus conceitos possuem a profundidade, abrangência e simplicidade necessárias para que as empresas adotem ações práticas e metas objetivas de sustentabilidade, que hoje tem no ESG seu sinônimo mais conhecido. É nosso compromisso contribuir para que o desenvolvimento econômico global caminhe de forma mais equilibrada com as metas sociais e ambientais”, completa Emerson Kapaz, diretor de Relações Institucionais da GDSolar.

    Nos últimos doze meses as usinas fotovoltaicas administradas pela GDSolar evitaram que 36.000 toneladas de gases efeito estufa (CO²e) fossem emitidos na atmosfera do planeta. A decisão dos seus clientes, em adotar o uso da energia solar, resultou nesse balanço positivo.

  • Energias renováveis, ESG e o Brasil no Acordo de Paris

    Energias renováveis, ESG e o Brasil no Acordo de Paris

    Com a retomada da importância do Acordo de Paris no cenário global, muitas empresas já estão discutindo a melhor forma de atingir o equilíbrio das suas emissões de gases efeitos estufa (GEE) e seguir à risca os preceitos do ESG.

    A sigla – do inglês, environmental, social and governance -, apareceu pela primeira vez em 2004, em uma publicação do Pacto Global ONU, feita em parceria com o Banco Mundial. O texto fazia parte de uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, feita para 50 presidentes de grandes instituições financeiras, sobre como incluir ações do tripé de sustentabilidade na avaliação financeira das empresas.

    O mercado acatou a recomendação da ONU. Mas o anúncio da BlackRock – a maior gestora de recursos do mundo, com mais de US$ 6 trilhões em carteira -, sobre a decisão de incluir as métricas ESG em todas as suas análises de riscos a partir de 2020, tornou a presença da sigla obrigatória em empresas que querem manter sua trajetória de crescimento.

    Como o Brasil é um dos países signatários do Acordo de Paris, e assumiu a meta de reduzir em 37% suas emissões de GEE até 2025*, a preocupação do mercado em avaliar e adotar as práticas ESG é considerando um caminho natural para o cumprimento desse acordo.

    “É uma meta ambiciosa e fica ainda mais desafiadora considerando que até 2030 a meta brasileira é de redução de 43% da emissão soberana de GEE”, afirma Emerson Kapaz, diretor de relações institucionais da GDSolar. “Além de as empresas considerarem a adoção das melhores práticas de ESG, sabemos que a substituição da matriz energética por fontes mais sustentáveis, como a eólica e a solar, são excelentes estratégias para que as empresas brasileiras contribuam para que o País cumpra esse compromisso”.

    A GDSolar e seus parceiros fazem parte desse movimento. No último ano contribuímos com o desenvolvimento social, com o resultado dos nossos parceiros e evitamos que 36.000 toneladas de CO² fossem lançadas na atmosfera do planeta*.

    *Comparada com a matriz energética brasileira, as usinas solares instaladas no País emitem cerca de 80% menos GEE por kW/h produzido.

  • SKY fecha com GDSolar para fornecimento de energia fotovoltaica

    SKY fecha com GDSolar para fornecimento de energia fotovoltaica

    São Paulo, janeiro de 2021 – A SKY, maior operadora de TV paga via satélite do Brasil, firma acordo com a empresa GDSolar para o fornecimento de energia renovável fotovoltaica para os Centros de Transmissão de Jaguariúna e Tamboré. Com esta resolução, a SKY dá um passo importante na política de redução de gases de efeito estufa e amplia para 100% a distribuição renovável de energia dos centros de transmissão.

    “Temos muito orgulho de dar mais esse passo frente a práticas sustentáveis. Queremos ser a melhor operadora de TV paga para o Brasil e ser uma companhia cada vez mais sustentável é parte importante disso. A SKY foi a primeira empresa no mercado de TV paga a medir sua pegada de carbono, por exemplo, permitindo assim um controle permanente do impacto no meio ambiente. Assumimos o compromisso de zerar a emissão de carbono até 2030 e o consumo de energia fotovoltaica em nossos centros de transmissão está alinhado à este propósito”, diz Luis Otavio Marchezetti, vice-presidente de Engenharia, Banda Larga e Experiência do Cliente da SKY.

    “Estamos muito felizes em anunciar este acordo com a SKY para venda de energia renovável fotovoltaica na modalidade autoprodução. As empresas estão demonstrando cada vez mais interesse em comprar energia limpa e isso deve-se tanto por razões econômicas, mas principalmente a razões ligadas à sustentabilidade”, afirma Alexandre Gomes, CEO da GDSolar.

    Com duração de 10 anos, o contrato no modelo PPAs (Power Purchase Agreement) será atendido por meio de uma nova usina solar dedicada, com capacidade de produção de 7MW AC, que será construída em Andradina, na região noroeste do Estado de São Paulo. A cidade foi escolhida após análises técnicas da região, que oferece condições climáticas ideais. A construção começa em 2021 e a previsão da inauguração é no segundo semestre de 2022.

    Com a iniciativa, 93% da equivalência de energia consumida pelos centros de transmissão de Tamboré e Jaguariúna e no escritório da SKY em São Paulo, o SKY Place, será alimentada com energia limpa. “Nosso centro de transmissão de Jaguariúna (JBC) e o SKY Place, novo escritório da companhia – inaugurados em 2017 e 2020 respectivamente, já foram idealizados com práticas sustentáveis e o JBC é referência no setor. Além do compromisso com a sociedade de colaborar e assumir seus papéis com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, para todas as empresas, investir em uma companhia cada vez mais sustentável é uma estratégia que gera resultados para o negócio. Investir em sustentabilidade também é investir na saúde e nos resultados da companhia”, complementa Marchezetti.

    A GDSolar atua em 14 estados brasileiros e possui no seu portfólio 56 usinas fotovoltaicas. A capacidade de geração atual é de 360 GWh/ano. Todos os anos, os clientes da GDSolar reduzem seus custos com energia e evitam que 36.000 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera.

    “O acordo com a SKY reflete a preocupação que a empresa tem com as políticas de crescimento sustentado. Esse é um movimento global, que passa quase que obrigatoriamente pela troca da matriz energética por uma energia limpa e sustentável como a solar. O mais importante é que para obter os benefícios dessa mudança – que vem acompanhado com investimento zero e redução de custos fixos da empresa – basta assumir um compromisso de consumo com a GDSolar”, finaliza Gomes.  

    Sobre a SKY

    A SKY é a maior operadora de TV paga via satélite do país. Com a missão de oferecer e democratizar a diversão para todos os brasileiros, investe continuamente na oferta de produtos e serviços que sejam mais adequados para cada Brasil e suas necessidades individuais de consumo de conteúdo e entretenimento. Distribui programação 100% digital em todos os municípios do país, e busca, cada vez mais, ampliar e otimizar os serviços prestados e a experiência para seus 4.7 milhões de clientes. Com o SKY Play, plataforma de vídeo sob demanda da operadora, consumidores pós e pré-pago podem assistir conteúdos ao vivo e uma biblioteca com o DNA de curadoria da SKY onde e quando quiserem. Em 2020, a SKY foi reconhecida pela terceira vez como uma das melhores empresas para se trabalhar no ranking Great Place To Work. Em 2019 foi vencedora, na categoria TV por Assinatura, do ranking de Melhores Serviços do jornal O Estado de S. Paulo nos últimos 5 anos, do Folha Top of Mind por oito anos consecutivos e do prêmio Consumidor Moderno em Excelência em Serviços ao Cliente há 18 anos seguidos. Acesse www.sky.com.br.

  • GDSolar avança no Mercado Livre, com projetos para Autoprodução

    GDSolar avança no Mercado Livre, com projetos para Autoprodução

    Por Luciana Collet – AE ENERGIA

    São Paulo, 22/01/2021 – Criada há cinco anos com estratégia inicialmente focada em desenvolver projetos de geração distribuída, a GDSolar dá um novo passo em 2021 e passa a desenvolver projetos um pouco maiores, de autoprodução, para clientes no mercado livre.

    O primeiro contrato desse tipo foi acertado com a Sky, viabilizando uma usina de 7 MW no interior de São Paulo, mas o plano da empresa é avançar nessa frente, com clientes que não se encaixam no modelo já consolidado de geração distribuída, mas também não têm demanda tão grande como os contratos de autoprodução que se observam tradicionalmente no mercado livre, que a empresa classifica como “middle market”.

    “A demanda que a gente imagina é crescente, porque o mercado está em ebulição”, afirmou o diretor-presidente da GDSolar, Alexandre Gomes, ao Broadcast Energia. “Quando você é um grande consumidor de energia, tem muitas alternativas, quando é um consumidor importante como a Sky, mas não tem tanto volume energético, as alternativas não são tantas, mas é aí que a gente se posiciona”, completou.

    Segundo Gomes, já existem tratativas comerciais avançadas para contratos semelhantes a serem anunciadas em breve. “Temos um pipeline grande”, comentou. De acordo com ele, a expectativa é de que nos próximos dois anos a companhia alcance 200 MW em usinas nesse modelo, com projetos com capacidade de até 30 MW.

    A GDSolar sempre atuou com usinas dedicadas a clientes, principalmente empresas de telecomunicações e de varejo, realizando o investimento na construção dos projetos e repassando os empreendimentos na forma de arrendamento, com a transferência da posse para o cliente. Mas até agora, os projetos desenvolvidos envolviam a adesão do cliente ao sistema de compensação estabelecido por meio da resolução normativa Aneel nº 482, que regulamenta a geração distribuída.

    Por este modelo, a produção gerada na usina é utilizada em uma ou mais unidades consumidoras do cliente, instaladas na mesma área de concessão. Eventuais sobras de energia se transformam em créditos que podem abater o consumo de meses subsequentes. Mas a empresa vem enxergando novas oportunidades, adaptando o modelo para clientes que não se encaixam nos parâmetros estabelecidos pela resolução 482.

    No caso da Sky, um dos fatores determinantes para adotar o modelo de autoprodução no mercado livre, em vez de um sistema de geração distribuída pela resolução 482, está na classe tarifária atendida, que é a “A4”. Neste caso, explica Gomes, a viabilidade financeira é melhor no ambiente de contratação livre.

    Mudanças na regulamentação

    O segmento de geração distribuída passa hoje por um momento de incerteza, tendo em vista a discussão relacionada a uma revisão da resolução 482 e também à expectativa de andamento de um projeto de lei que garanta maior segurança jurídica para os investimentos. A depender do resultado final dessas discussões, alguns modelos, como o de geração remota proposto pela GDSolar até agora, podem se tornar menos viáveis.

    Mas Gomes garantiu que a discussão não interferiu no plano atual de avançar para a viabilização de projetos não atrelados à resolução. “O planejamento estratégico nosso sempre foi, desde o começo, iniciar por 482, que era a oportunidade mais premente que enxergávamos, mas a empresa foi concebida para mercado livre, nem se falava em mudança de resolução”, disse.

    “Nossa visão, quanto concebemos a empresa, é que uma das alternativas para o setor elétrico brasileiro é fomentar a geração de energia de forma distribuída, não importa se estamos falando de 200 MW, de 100 MW, de 50 MW, de 30 MW, de 10 MW ou de 7 MW. E percebemos que esse modelo tem avançado no Brasil com a fonte solar, porque não tem nenhuma outra fonte com a capilaridade da solar”, completou.

    No que diz respeito às discussões em torno da regulamentação da geração distribuída, Gomes disse acreditar que o setor e o regulador começaram a convergir para um equilíbrio. “Talvez os projetos não tenham mais o retorno que se tinha dois anos atrás, mas a realidade vai mudando, você vai dando escala e a gente vai se adaptando, e no fim do dia o cliente final sai beneficiado”, disse. “Isso que interessa, deveria ser o interesse comum de todos.”

    O presidente da GDSolar defendeu, no entanto, celeridade na definição das novas regras. “O pior cenário é não ter cenário definido, porque isso causa uma aceleração no processo desnecessária, as empresas começam a se movimentar para fazer um projeto agora, antes que mude, e isso não é bom, gera uma espécie de ‘corrida do ouro’ que não é boa para ninguém; e tendo cenário estabelecido é questão de ajustar expectativa de investimento.”

    Expansão

    Além dos planos de expansão no mercado livre, a GDSolar segue buscando crescer com projetos de geração distribuída. Atualmente, a empresa conta com um portfólio de 56 usinas em geração distribuída pela resolução 482, espalhadas por 14 estados, sendo 19 operacionais e 37 em construção, com plano de consolidar todas ainda no primeiro semestre deste ano.

    Segundo Gomes, a expectativa para 2021 é acrescentar 100 MW, equivalente a 20 novas usinas, em empreendimentos de geração distribuída no modelo 482. “São usinas que já estão no nosso pipeline bem adiantado”, comentou.

    A GDSolar também se estrutura em outras frentes do setor elétrico, como de comercialização, com planos para iniciar as atividades de uma comercializadora varejista, com foco em energia solar. Adicionalmente, a empresa possui um braço para desenvolvimento de infraestrutura para recarga de veículos elétricos, buscando desenvolver projetos para instalação de carregadores, atrelados ao fornecimento de energia solar.

    Contato: luciana.collet@estadao.comenergia@estadao.com

  • SKY fecha contrato com GDSolar para fornecimento de energia solar no Mercado Livre

    SKY fecha contrato com GDSolar para fornecimento de energia solar no Mercado Livre

    Por Luciana Collet – AE ENERGIA

    São Paulo, 22/01/2021 – A operadora de TV paga via satélite SKY fechou um acordo de longo prazo com a GDSolar para fornecimento de energia solar para seus centros de transmissão, localizados em São Paulo. O contrato, estabelecido no ambiente de mercado livre, mas que envolve a modalidade de autoprodução, tem prazo de 10 anos e será atendido por meio de uma usina fotovoltaica que será construída pela GDSolar. O valor da transação e os investimentos na central não foram informados.

    A energia será fornecida aos centros de transmissão da operadora, localizados em Jaguariúna e em Santana do Parnaíba (SP). Com isso, a companhia terá, a partir do ano que vem, 100% das necessidades energéticas dessas instalações e 93% de sua demanda total atendidas por geração de energia limpa.

    “Nosso objetivo maior não é econômico, mas de sustentabilidade”, disse ao Broadcast Energia o vice-presidente de Engenharia, Banda Larga e Experiência do Cliente da SKY, Luis Otavio Marchezetti. “Somos uma empresa pioneira no nosso ramo com objetivo de zerar nossas emissões de carbono até 2030, e o uso de 100% de energia (renovável) nos centros de transmissão que a gente tem faz parte dessa estratégia”, completou.

    Marchezetti evitou comentar sobre a potencial economia com custo de energia por causa do contrato. “Não fizemos um cálculo na ponta do lápis porque já era um sonho, nós iríamos fazer mesmo que o custo fosse até um pouco acima”, disse.

    Ainda assim, o executivo salientou que a companhia vê um ganho com a maior previsibilidade da linha de despesa, uma vez que o contrato é reajustado pela inflação. O fornecimento atual, atendido pelo mercado regulado, por CPFL e Enel, estava sujeito a variações maiores. “No início podemos dizer que as contas são muito parecidas, mas no longo prazo, para uma empresa como a nossa, a diferença é a previsibilidade porque sabemos os índices que a GDSolar vai praticar”, disse.

    O vice-presidente da SKY comentou que o plano de ter um centro de transmissão atendido por energia solar é antigo. A companhia chegou a estudar a possibilidade de instalar painéis solares no telhado ou em área anexa ao segundo centro de transmissão, construído em Jaguariúna entre 2014 e 2016. “Vimos que isso não era economicamente sustentável, era muito caro no Brasil – ainda é – e a manutenção também seria cara, porque não somos especialistas, então abortamos essa ideia na época e optamos por ter apenas a iluminação externa com geração no próprio poste.”

    Segundo Marchezetti, a empresa avaliou novamente a possibilidade de instalar um sistema fotovoltaico nos próprios centros de operação, mas mais uma vez considerou que uma solução alternativa era melhor. Pesou o fato de que a companhia poderia se manter conectada à rede de distribuição e com contrato que lhe garante o fornecimento, mesmo em caso de problemas ou de manutenção da usina. “A gente arriscar ter algum problema e ter de lidar com manutenção, não é nem questão de conta econômica, o risco é muito grande.”

    Fora do Brasil, outras operações da controladora da SKY, a americana AT&T, também utilizam energia solar. É o caso de uma unidade nos EUA que possui centro de transmissão com usina fotovoltaica no local.

    O empreendimento

    A nova usina solar fotovoltaica dedicada à SKY terá 7 MW de capacidade instalada e ficará em Andradina, no noroeste de São Paulo, uma das regiões com maior incidência solar no Estado. A construção deve ser iniciada ao longo deste ano, com previsão de início de operações no segundo semestre de 2022. A responsabilidade de construção e operação da usina será da GDSolar. Mas, pelo contrato, a SKY terá a posse da usina, configurando-a como a autoprodutora.

    Para a GDSolar, o empreendimento marca a entrada no segmento do mercado livre, com o desenvolvimento de projetos de autoprodução para clientes, adaptando o modelo tradicionalmente utilizado pela companhia, de sistemas de geração distribuída – em que a potência instalada deve ser de até 5 MW. “Estamos muito felizes em ter fechado o acordo com a SKY, porque é a nossa estreia no segmento de autoprodução de energia”, disse o diretor-presidente da GD Solar, Alexandre Gomes.

    Segundo o executivo, a vantagem para a SKY com o modelo de negócio está no foco do investimento mantido em seu negócio principal, já que os desembolsos relacionados à usina são feitos pela GDSolar. A empresa também é responsável pela garantia da performance da usina.

    Eficiência energética

    Os 7% de energia demandada pela SKY que não serão supridos pela usina são consumidos em escritórios, e não há perspectivas de migração dessas unidades para o mercado livre, tendo em vista que as instalações não são próprias. Além disso, o volume consumido é baixo neste momento de pandemia, em que a empresa opera com boa parte de seus funcionários em home office, e pretendendo adotar operações em modelo flexível no futuro. “Como o prédio é automático, desliga se não estiver ninguém, neste momento em que vamos retomar muito devagar as atividades full office não vemos uma necessidade, porém não está fora do nosso radar”, comentou.

    Por outro lado, Marchezetti destacou que a companhia também busca avançar na eficiência energética de seus equipamentos decodificadores, que ficam com os clientes. “Em novas gerações de decolders, sempre ficamos olhando muito eficiência, e apesar de consumirem muito, cada watt que coloca a menos é um ganho, e como estão na casa dos nossos clientes, priorizamos o mínimo consumo de energia”, disse. A SKY possui hoje 4,5 milhões de clientes, em praticamente todo o Brasil.

    Contato: luciana.collet@estadao.comenergia@estadao.com

  • GDSolar anuncia investimentos de R$ 105 milhões para construção de 11 usinas em MG

    GDSolar anuncia investimentos de R$ 105 milhões para construção de 11 usinas em MG

    Com o anúncio, empresa brasileira soma investimentos totais de R$ 281 milhões em Minas Gerais e é uma das líderes em projetar, construir e operar usinas fotovoltaicas no Estado.

    Belo Horizonte, 14 de outubro de 2020 – A GDSolar – empresa brasileira pioneira no segmento de projetos, construções e administração de usinas de geração de energia solar -, apresentou hoje ao Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, um novo plano de investimentos de R$ 105 milhões, destinados à construção de 11 novas usinas fotovoltaicas para geração distribuída de energia no Estado.

    Ao todo, serão R$ 281 milhões de investimentos que vem sendo realizados em Minas Gerais desde 2016, quando teve início a construção de usinas fotovoltaicas na região pela GDSolar.

    Atualmente, a GDSolar possui 07 usinas fotovoltaicas em operação no Estado. As plantas estão instaladas em cinco municípios, localizados na região norte de Minas Gerais (Várzea da Palma, Jaíba, Janaúba, Buritizeiro e Brasília de Minas), que respondem por uma capacidade instalada de 31 MW.

    “Já construímos e estamos administrando sete usinas fotovoltaicas em Minas Gerais. Com esse novo investimento vamos ter 18 usinas em funcionamento até 2022. Ao todo, essas usinas serão responsáveis por um fornecimento total de 65 MW. Só para se ter uma base de comparação, esse fornecimento é capaz de atender até 70 mil moradias por ano. O objetivo é utilizar essa energia limpa para atender à demanda de empresas preocupadas em mudar para uma matriz energética com baixa emissão de carbono, aliado à redução de custos. E com a energia solar isso é possível”, afirma o CEO da GDSolar, Alexandre Gomes.

    O alto índice de radiação solar na região setentrional do Estado, aliado à atuação do governo mineiro no tratamento fiscal e no aprimoramento da legislação ambiental, são fatores que contribuem para transformar a região em uma das mais indicadas para a implantação de usinas de geração de energia solar do País.

    Investimentos em MG – Realizados: R$ 176 milhões / A realizar: R$ 105 milhões / Total: R$ 281 milhões

    Usinas MG – Em operação: 07 / Em construção: 11 / Total: 18 (até 2022)

    Capacidade Instalada MG – Atual: 31 MW / Projetada: 65 MW (até 2022)

    Início investimentos GDSolar em MG – 2016